segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Quentes e boas

Sábado à noite.
Depois de uma looooonga formação (em que se viu tudo menos o maldito plasmídeo da bactéria) soube mesmo bem chegar a casa e ter um abraço deeeeeeeeeeeeeeeeste tamanho à espera e um cão saltitão a reclamar os mimos que durante a tarde estiveram ausentes. Melhor que isso, "e se fizéssemos umas castanhas?" Ora isso nem se pergunta.

Tarde fria, noite escura, e eis que o diabo começa a atear a fogueira onde as ditas iriam ser sacrificadas. Ouvia-se o sal a estalar e a fazer crescer água na boca enquanto antevia o pitéu que se avizinhava. Mafarrico e saltarico rondavam o fogareiro e pouco depois traziam consigo as castanhas. Quentinhas, bem abertas (para não dar trabalho a descascar) e com sal q.b. para dar o gostinho.

Há muito tempo que não comia castanhas tão boas.
Nem que me soubessem tão bem.
Viva o Outono!


sábado, 16 de outubro de 2010

Fim de semana

Depois de uma semana de trabalho que passou a correr, eis que chega o desejado fim de semana. Para a maioria, tempo de descanso. Para quem é professor é tempo de pôr em dia o trabalho que durante a semana fica por fazer. A mim espera-me uma pilha de testes e relatórios para corrigir.
Vale-me a boa companhia, embora o incentivo deixe muito a desejar...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Casa Nova


Não há nada melhor que mudar de ares, mudar de vida, mudar de casa. Com o início do ano vieram muitas mudanças, e com elas a casa.
Agora vivo num castelo encantado, de paredes altas e escuras e divisões escuras e vazias que me devolviam o eco da minha voz. Os tectos no entanto, são fabulosos, redondos em que do encontro dos arcos descem os candelabros. O jardim é um espaço cheio de obstáculos ainda, de ervas altas que crescem e escondem tesouros.

Com o tempo, vai-se espalhando magia e as paredes branqueiam, a luz entra pelas janelas rasgadas e vão-se semeando as flores que nascerão com o novo ano. A casa vazia enche-se de vozes, de movimentos, de intimidades, de alegrias. E o eco deixa de ter lugar.
Falta tudo, mas não falta nada. O espaço constrói-se, modifica-se. Mas o coração está cheio, tal como a luz de fim de tarde que entra pela janela do salão que inunda a escadaria mal se passa a porta de entrada.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Mau tempo

Viagem infernal, again.
A1 em todo o seu esplendor: condutores ansiosos por chegar não sei onde (também não sei qual é a pressa; ainda se fosse para ir de fim de semana, agora para regressar ao trabalho... vá-se lá perceber porquê), água a cair a cântaros e sem se ver um palmo à frente do nariz. Ou dos faróis do carro, neste caso.

Só o Faísca, o meu cachorro tipicamente rafeiro (sim, que o pobre nem as orelhas tem iguais, mas isso ficará para um post posterior) foi capaz de perceber o quão triste é depois de uma viagem destas apanhar uma molha descomunal enquanto descarrego o carro com as tralhas que trouxe de casa. Quero lá saber dos carros que ficaram soterrados ou das estradas que ficaram intransitáveis.... O que é mesmo mesmo chato é ter molhado as únicas botas que trouxe de casa. Hoje vim de ténis. Ainda bem que não chove.Valeram-me os mimos do cachorro e o belo frango estufado que a minha mãe mandou de casa. Mas confesso que estou contente com a chegada do tempo frio. Tenho uma lareira à espera para acender....

sábado, 2 de outubro de 2010

Outono

Adoro o Outono.
Ontem, chegada de uma longa viagem pela A1 a rebentar de condutores furiosos, nada me deu mais gosto do que embrulhar-me numa mantinha no sofá. Sim, que os fins de tarde já começam a ficar mais frios.

Hoje de manhã, mais um casamento. Mais um sucesso das fabulosas "Casamenteiras de S. Martinho". Risos como de costume e boa disposição para dar e vender. Haja alegria! Mas os vestidinhos de cerimónia já começam a ser desconfortáveis e os pés já ficam frios dentro das sandalocas. Meiocas e chinelos felpudos, foi o que primeiro procurei ao chegar a casa.
A luz dourada do fim de tarde foi perfeita para, na companhia de D. Sancho, preparar o meu trabalho da semana junto à janela. E que bem que soube o chocolate quente que a minha mãe veio trazer. Isso e as fantásticas bolachas de manteiga do continente. Hmmmm.... Assim até o ADN do meu powerpoint dança o fandago!

Estou ansiosa pela nova bicla simpaticamente cedida pelo evento Bikevora (em troca do dinheiro da inscrição, é óbvio), para poder desfrutar destas tardes magníficas a ver cair as folhas ao longo da ecopista. E do cheirinho das castanhas ao fim da tarde, seja na Praça do Giraldo ou na baixa de Coimbra. Venham elas. Quentinhas e boas!