quinta-feira, 12 de abril de 2012

Da luz que os meus olhos vêem


Só agora percebi o fado do Carlos do Carmo. A luz pura que emana de Lisboa, o tal ponto luz a que alguém bordou esta cidade.
Do outro lado do Tejo, por ruelas esconsas e pelo meio de trânsito meio regulado meio por regular, correu-se até à beira do rio. E do Cacilheiro Lisboa emerge como o cenário que enquadra perfeito a luz da tarde que me sorri. Como no Tejo se bordam lençóis.
Metros e automóveis à parte, completamente alheia à confusão, é do terreiro do Paço até Cacilhas que vou sendo feliz, que o sol quente da tarde me aquece o coração. A tarde é rematada já do outro lado do rio num cenário bucólico de aventuras de crianças, coroada pelo som do Tejo que nos acompanha o passeio e pelo ouro que emana do Cristo-Rei avistado ao cimo de um caminho que jamais esquecerei.
E é hora de retornar a casa e agradecer a noite que se transformou em dia e se tornou na luz pura que os meus olhos vêm todas as manhãs, que me alegra o dia à medida que passa.

1 comentário: